segunda-feira, 30 de abril de 2012

Programa de eficiência energética pode acelerar projeto de motores no Brasil

Fonte: Automotive Business - 16/04/2012
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A indústria automobilística já se prepara para o aperto na legislação de emissões e consumo e trabalha no projeto de novos motores, desenvolvendo tecnologias como injeção direta de combustível, turboalimentação, controle de válvulas mais eficiente, redução de massa com a adoção de materiais mais leves e diminuição de atrito entre componentes. Os projetos adotam princípios de "downsizing" para tornar os propulsores menores, mas altamente eficientes. Devem se tornar mais comuns os blocos de alumínio e configurações de três cilindros. 
Paulo Cardamone, diretor geral da consultoria IHS Automotive para a América do Sul, apresentou durante o III Fórum da Indústria Automobilística, os principais objetivos do programa de eficiência energética. Ele enfatizou que, além de reduzir o consumo e emissões, os novos motores em desenvolvimento contribuiriam para a retomada das exportações de veículos produzidos no País, que atualmente estão abaixo dos padrões de eficiência exigidos em países desenvolvidos. 
Atraso
Em sua apresentação, Cardamone citou que, em 2011, a média de emissões dos veículos produzidos no Brasil está em 176 gramas de CO2 por quilômetro, nível mais alto do que os maiores produtores globais e muito elevado ao se considerar que a frota brasileira é formada, eminentemete, por modelos compactos do segmento B, hatchbacks, muitos deles equipados com motores pequenos 1.0. 
Até mesmo China e Índia já acompanham metas de emissões menores, enquanto o Brasil não tem nenhuma. Com isso, motores feitos aqui são substancialmente menos eficientes. Cardamone mostrou dois exemplos: o motor 1.4 do Fiat Punto, que aqui tem emissão de CO2 de 165,3 g/km com gasolina e de 163,8 g/km com etanol, na Europa, equipado com sistema Multiair, emite 134 g/km com gasolina; e o motor 1.6 Sigma da Ford que equipa o novo Ford Fiesta, aqui tem emissão de 168 g/km com gasolina e de 153,5 g/km com etanol, enquanto na Inglaterra o nível é de 133 g/km, graças ao uso de recursos como injeção direta e commando variável de válvulas.
Etiquetagem
Existem no governo discussões técnicas dos ministérios do Desenvolvimento e da Ciência e Tecnologia para adotar, no Brasil, um programa de etiquetagem veicular obrigatório, que poderá ser apresentado a representantes da indústria automotiva nas próximas semanas. Nem todas as montadoras apoiam a medida, pois ficar com uma nota ruim de consumo no parabrisa do automóvel na concessionária é algo que poderá mudar a decisão de compra dos consumidores para modelos mais eficientes. 
Nas regras já apresentadas do novo regime automotivo, a etiquetagem veicular não é obrigatória; é uma das três entre quatro exigências que uma montadora terá de cumprir para se candidatar ao desconto de até 30 pontos de IPI. A regra prevê, em escala crescente até 2017, a etiquetagem do Inmetro de 100% dos veículos produzidos pela fabricante, mas se não quiser fazer isso a empresa pode cumprir apenas as outras três determinações para a habilitação, que envolvem a realização de processos industriais no País e investimento em tecnologia, inovação e engenharia de produção.
Seja como for, só levando em conta as regras atuais, se investirem em motores mais eficientes, esse gasto pode ser incluído na conta do investimento em tecnologia e inovação, o que pode render abatimento extra de 1 a 2 pontos porcentuais no IPI. Seria, portanto, um incentivo também para modernizar os motores usados no País.
A equipe do governo Dilma avalia que o mercado interno, quarto maior consumidor de automóveis do mundo, deve ser usado para pressionar as montadoras instaladas no País a investir mais em tecnologia. Na avaliação do governo, os carros saídos das fábricas nacionais são menos eficientes do que os similares fabricados fora.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Caminhão do futuro quer reinventar o transporte


Fonte: Inovação Tecnológica - 18/04/2012
O caminhão Innotruck é resultado de um projeto chamado Diesel Reloaded, coordenado por engenheiros da Universidade Técnica de Munique, na Alemanha. A montagem deste caminhão conceito tem como objetivo demonstrar "como mudanças de paradigma nas tecnologias automotivas, energéticas e de informação podem ajudar a encaminhar tendências e necessidades da sociedade".
 
A mudança de paradigma consiste em redefinir inteiramente o conceito de veículos automotores, que passariam a ser entendidos como "sistemas integrados de comunicação e informação, usando uma arquitetura modular e escalável" - entendida a capacidade de movimentação como uma forma de comunicação.
 
Caminhões automáticos
Usando aplicativos plug-and-play, e conectado a uma central de computação, a arquitetura inusitada do caminhão futurístico servirá como plataforma de testes para sistemas de comunicação veículo-veículo e veículo-infraestrutura.A Europa pretende ter carros sem motorista nas estradas em dez anos, sendo que pelo menos mil carros inteligentes já estão em testes nas estradas do continente. A equipe do Dr. Gernot Spiegelberg está trabalhando para que os caminhões não fiquem para trás nessa tendência.
 
Um dos objetivos principais do Innotruck é o desenvolvimento de tecnologias que ajudem a otimizar a velocidade do tráfego e a segurança, automatizando o máximo possível, não apenas do trabalho do motorista, mas também dos guardas de trânsito e do pessoal encarregados das cargas transportadas.