Fonte: CIMM, com informações de Air Liquide - 03/08/2010
A demanda por máquinas e equipamentos para construção pesada
passa por forte expansão, movimento que deve se acelerar com a execução de obras
aguardadas para as Olimpíadas, Copa do Mundo, além da construção de grandes
usinas hidrelétricas. Por essa necessidade de novas tecnologias que possam
suprir as necessidades da indústria de bens de capital do país, muitas empresas
estão desenvolvendo novos produtos, em diversos segmentos.
A Air Liquide, empresa francesa especializada na área de
gases industriais, é um exemplo dessa busca. Durante o seminário sobre
fabricação pesada, realizado pela Lincoln Electric, empresa do segmento de
soldagem, apresentou suas tecnologias voltadas à aplicação de gases nas
indústrias de bens de capital.
“Em solda semi-automática, o emprego do uso de gás tem
crescido significativamente, principalmente em países em desenvolvimento. A
tendência é continuar”, afirma José Antonio Cunha, gerente da área de
Automotiva e Fabricação da Air Liquide Brasil.
No seminário, as duas empresas apresentaram suas tecnologias
de soldagem para o segmento de veículos extra-pesados, como guindastes,
escavadeiras e gruas para construção e mineração. O destaque ficou para os
processos de soldagem em que os gases são mais utilizados, como o GMAW (Gás
Metal Arc Welding) e o Arame Tubular.
“Apresentamos uma técnica de soldagem em arame sólido que é
o que há de mais moderno no setor”, diz Francisco Ruão, gerente nacional de
vendas da Lincoln Electric. Ruão explica que entre 45% e 50% do faturamento
mundial da empresa vem de produtos lançados nos últimos cinco anos, exigindo um
ritmo de inovação constante.
De acordo com José Antônio Cunha, da Air Liquide, os gases
representam 2% do custo total no processo de soldagem na indústria. “O gasto é
pequeno e os benefícios são muitos, como o aumento da produtividade, melhores
condições ambientais para o soldador e a queda significativa na perda de metal via
respingos”, diz.
Segundo Cunha, existem dois tipos de misturas de argônio/CO2
que abrangem mais de 70% das aplicações de soldagem dos aços carbono. São as
misturas com 18% de CO2 com 82% de Ar e, o outro, 92% de Ar com 8% de CO2. “A
primeira é usada em aplicações onde se necessita alta eficiência da junta em
espessuras maiores, enquanto que a segunda é mais indicada para aplicações mais
delicadas”.