Fonte: CIMM com informações CNI - 20/03/2012
Praticamente um em cada cinco produtos industriais
consumidos no Brasil em 2011 foi importado, nível recorde. A
participação de insumos importados na indústria brasileira – matérias
primas, máquinas e equipamentos - também bateu recorde, com 21,7% em
2011. O valor foi 2,6 pontos percentuais maior que em 2010 e 0,4 ponto
percentual acima do registrado em 2008, ano do recorde anterior da
série. Para 24 dos 27 setores analisados, houve aumento nesse
coeficiente. Os segmentos de informática, eletrônicos e ópticos foram
também os que tiveram a maior alta de consumo de importados na produção –
17,8 pontos percentuais – alcançando 76,7% do total de insumos usados
no ano passado.
O gerente-executivo da Unidade de Política
Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, atribuiu o recorde no
coeficiente de penetração das importações à valorização cambial, ao
consumo interno, aos incentivos do ICMS às importações e aos chamados
custos sistêmicos, como a elevada carga tributária, a infraestrutura
deficiente e os juros altos. Prevê que a tendência é este coeficiente
aumentar em 2012. “Se nada for feito para atenuar os custos sistêmicos, o
quadro deve se agravar, com o crescimento da economia sendo limitado
pelo baixo desempenho da indústria este ano”, assinalou.Alta nas
exportações – Segundo a pesquisa da CNI, elaborada em parceria com a
Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex), o coeficiente
de exportação foi rigorosamente idêntico ao de importações.
O coeficiente geral de penetração de importações,
que considera tanto o consumo final das pessoas quanto o de insumos pela
indústria, mostra que 19,8% dos bens industrializados no país vieram de
fora. As informações são da pesquisa Coeficientes de Abertura
Comercial, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta
segunda-feira, 19 de março.
A participação das exportações no valor da
produção da indústria foi de iguais 19,8% em 2011, representando um
crescimento de dois pontos percentuais na comparação com 2010.
Foi o
segundo aumento anual consecutivo no coeficiente de exportação. No
entanto, destaca o estudo, o índice está abaixo do valor recorde de
2004, quando a participação das vendas externas no valor da produção
industrial atingiu 22,9%.
Alta das exportações
Segundo a pesquisa da CNI, elaborada em parceria com a Fundação Centro
de Estudos do Comércio Exterior (Funcex), o coeficiente de exportação
foi rigorosamente idêntico ao de importações .
Na indústria de transformação – segmento que
concentra maior inovação tecnológica, maior valor agregado e melhor
remuneração de mão de obra -, o coeficiente de exportação cresceu 1,1
ponto percentual em relação a 2010, atingindo 15% no ano passado. Os
segmentos que tiveram melhor evolução na proporção das vendas externas
no valor da produção foram metalurgia, máquinas e equipamentos e
têxteis.